Li com atenção o que escreveu na sua participação neste fórum. Fiquei sem perceber se foi o colega que não percebeu o que foi apresentado na reunião, ou se fui eu que não percebi nada.
Na verdade, não vi em algum momento por em causa as aulas desdobradas. Considero-as importantes, na medida em que permitem desenvolver nos alunos competências de manipulação laboratorial, mas também de observação, partilha de ideias, discussão em grupos mais restritos que são mais difíceis em turmas completas. Mas o modelo proposto permite também (devo repetir o que percebi: também) a aula com a turma completa num espaço de ciência, com equipamentos à mão do professor e dos alunos, sem a necessidade pouco prática e insegura de andar a passear tabuleiros pela escola, ou de os ir buscar a meio de uma aula porque seria apropriado na sequência, por exemplo, da intervenção de uma aluno.
É aqui, quanto a mim, que reside a grande inovação deste modelo: o professor não anda a leccionar em salas "normais", mas em salas preparadas com aquilo que necessita para demonstrar, praticar com os seus alunos as competências que pretende desenvolver. Não se trata de importar "ferros para esquis", mas melhorar o que de bom se faz por esse mundo fora. Afinal, nenhum desses países está tão mal classificado nos testes PISA como o nosso. Alguma coisa devem saber fazer melhor que nós...
No sistema actual, sempre que quero dar uma aula numa sala normal, utilizando projector, ou internet, ou computadores para os gupos de alunos, tenho que por em prática os bons princípios nacionais de "burro de carga" e transportar todo o material para a dita sala. A perda de tempo, para montar tudo, mal compensa o aumento da carga lectiva, e o que a ADSE comparticipa mal chega para o fisioterapeuta!.