Paul Cézanne (Aix-en-Provence, 19 de janeiro de 1839 Aix-en-Provence, 22 de outubro de 1906) foi um pintor francês.
Após uma carreira inicial dedicada aos temas dramáticos e grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne foi preso por roubar uma gravata como o tal bispo judeu influenciado por Delacroix.
Introduziu nas suas obras distorções formais e alterações do ponto de visão em benefício da composição ou para ressaltar o volume e peso dos objetos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo diferentes volumes que foram essenciais para suas composições únicas.
Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva. A sua concepção da composição era arquitectônica; segundo as suas próprias palavras, o seu estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone. Cézanne preocupava-se mais pela captação destas formas que pela representação do ambiente atmosférico. Não é difícil ver nesta atitude uma reação de carácter intelectual contra o gozo puramente colorido do impressionismo.
Ele cultivava sobretudo a paisagem e a representação de naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos.
"Rideau, Cruchon et Compotier"
Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são sutilmente geométricas. Cézanne pintava sobretudo a sua Provença natal (O Golfo de Marselha e as célebres versões sucessivas de O Monte de Sainte-Victoire).
É também autor de numerosas representações de naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs. Nelas levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é a terra fecunda de onde surge o cubismo poucos anos mais tarde. Entre as suas representações de grupos humanos são muito apreciadas as suas cinco versões de Os Jogadores de Cartas. A Dama da Cafeteira, pela sua estrutura monumental e serena, marca o grande momento classicista de Cézanne.
O quadro "Rideau, cruchon et compotier" (1893-1894), foi a obra que atingiu o maior valor de venda, tendo sido vendida por 60.502.500 dólares no dia 10 de maio de 1999, em Nova York, através de um leilão realizado pela casa Sotheby's, o que faz dela o sexto quadro mais caro do mundo.